Jenner Augusto da Silveira
“Pintar sempre. O melhor que possa.”
O menino prodígio aracajuano, nascido em 11 de novembro de 1924, Jenner Augusto da Silveira, pintou, ilustrou e ajudou a revolucionar o cenário artístico em Sergipe. Foi a sua paixão pelas obras de Horácio Hora que o influenciaram a estudar arte. Com pinturas em paredes, cartazes e pequenas telas, aos poucos, Jenner Augusto, dá seus primeiros passos na produção artística. Aconselhado pelo mestre cubista Candido Portinari, em 1949, o jovem sergipano traçou seus caminhos em direção a Bahia, onde estudou e aprimorou seu desenho. Junto de Mário Cravo Júnior, Carlos Bastos, Genaro de Carvalho, Rubem Valentim e Mirabeau Sampaio funda um núcleo renovador da arte baiana.
As paisagens pintadas por Jenner Augusto chamam atenção pelo belo uso de cores e dinamismo das pinceladas
Durante sua brilhante carreira, Jenner participou da 1ª Bienal de São Paulo; executou o painel “Evolução do Homem”, no Centro Educacional Carneiro Ribeiro, em Salvador; participou também do Salão Baiano de Belas Artes e da Mostra Novos Artistas Baianos. Além disso, fazem parte da sua trajetória nomes importantes da arte e literatura, como Pancetti e Jorge Amado, em especial este último, por quem era admirado, e lhe escolheu como ilustrador do romance “Tenda dos Milagres”.
lustração para Tenda dos Milagres
De Sergipe para o Mundo
É em 1966 que Jenner inicia sua carreira internacional, sendo convidado a expor na Itália, na Holanda, na Inglaterra, Espanha e em Portugal. Embora tenha passado bom tempo fora, Jenner Augusto nunca esqueceu de suas origens, e em suas obras e murais espalhados pelo país, saltam aos olhos o apreço à cultura popular e ao povo sergipano. Por isso, hoje lembramos com carinho e admiração a vida e obra desse gênio da pintura moderna
Pesquisadora: Cardoso, Sara
Fonte: Britto, Mario; Um sentir sobre as artes visuais em Sergipe – 50 artistas ; 2014 ACERVO IHGSE