O ÁLBUM DE SERGIPE – Clodomir Silva
Lançado em 1920, o Álbum de Sergipe foi escrito por Clodomir Silva atendendo a um pedido do presidente do estado, o General José Joaquim Pereira Lobo, para fazer parte das comemorações do centenário da Independência de Sergipe. O Álbum é uma publicação iconográfica que reúne textos sobre a história dos municípios divulgando aspectos econômicos e seu passado histórico. Com o passar dos anos o Álbum passou a ser leitura obrigatória para os que desenvolviam pesquisas sobre Sergipe, se tornando uma obra rara e de grande significado.
Agora, ás vésperas do Bicentenário da Independência de Sergipe em 2020 o Álbum, reimpresso pelo Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, com apoio do Governo do Estado e da Infographics é enriquecido com uma cronologia organizada pela prof. Verônica Nunes, e chega às mãos dos sergipanos.
A história da emancipação política do nosso Estado, mais uma vez é celebrada com uma presença soberana e completamente fiel ao seu autor.
O IHGSE, guardião da sua história aguarda a presença dos que desejam criar com ele uma relação de bem-querer.
A Revista
Foi igualmente lançado a Revista do IHGSE com um valioso dossie sobre Manuel Bomfim e outro sobre a escravidão e a abolição do Brasil.
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Discurso proferido pela Profa. Dra. Terezinha Alves de Oliva,
Oradora do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, na sessão solene comemorativa dos 106 anos de fundação do IHGSE.
Senhoras e Senhores:
A “chamada” com que se iniciou esta solenidade deu o tom da celebração que hoje nos reúne. Comemoramos o centésimo sexto aniversário do IHGSE chamando à imortalidade, nos nossos corações e mentes, aqueles que nos legaram o patrimônio em torno do qual se faz o Sodalício. É lembrando os nossos “pais fundadores” e os que consolidaram esta Casa que estabeleceremos a sua memória e conheceremos melhor a instituição que hoje temos, pela trajetória que a fez superar os cem anos de atividade e creditar-se para o futuro
Não é pequeno esse patrimônio. O Instituto Histórico e Geográfico construiu uma memória e uma identidade para Sergipe. Mantém uma Biblioteca com mais de 45.000 volumes, dos quais cerca de 10.000 sobre Sergipe; uma Hemeroteca com mais de mil volumes de jornais, a maioria deles digitalizada; um Arquivo com documentos particulares de intelectuais sergipanos, com inventários, mais de mil cartas e centenas de fotografias; uma Pinacoteca surpreendente, que guarda obras de artistas locais e de artistas brasileiros; um Museu precursor da história da Museologia em Sergipe; esta sede imponente, prestes a completar oitenta anos e sua Revista, de qualidade reconhecida, o mais antigo e certamente o mais conceituado periódico em circulação no Estado, o maior veículo de divulgação do conhecimento histórico entre nós.
Se nos ativermos às obras publicadas sobre o IHGSE : A escrita da História na Casa de Sergipe – 1913-1999, de Itamar Freitas; História da Casa de Sergipe, de Ibarê Dantas e História, Memória e Comemorações na Casa de Sergipe, organizada por Samuel Albuquerque, Magno Francisco Santos e Ane Luise Mecenas Santos – sem falar no conjunto de Monografias e de artigos sobre o Instituto e os seus intelectuais – poderemos nos apropriar do conhecimento que fundamenta as razões da grandeza e da importância deste Sodalício. De modo geral, essas obras mostram uma trajetória difícil, por vezes marcada por períodos de declínio ou de crise acentuada, mas uma trajetória ininterrupta, numa instituição capaz de manter a sua Revista e o seu acervo, ainda mesmo quando não tinha sede própria, peregrinando por quase trinta anos em diferentes endereços. Por outro lado, ela abrigou grandes figuras humanas, capazes de negociar, continuamente, a sobrevivência do Instituto, em interlocução com o poder público e com setores da sociedade civil, sempre atentas às circunstâncias locais e às vicissitudes da política, que conseguiram, no geral, fazer o IHGSE escapar à subserviência e à manipulação daqueles que atenderam aos seus clamores, em momentos específicos.
Ibarê Dantas, na História da Casa de Sergipe, além de caracterizar as etapas dessa História centenária, enfocou três “políticas” definidoras da trajetória que nos legou o Instituto que hoje temos: a política de aproximação com os governantes como forma de sobrevivência; a política orientadora de decisões do Estado, quando o Instituto se comportou como órgão técnico e cultural, acima dos partidos e facções; e a política voltada à construção da cidadania, pela defesa de valores humanísticos, pelo culto ao civismo e pelo acolhimento a manifestações da vida social e cultural de Sergipe. Assim, o Instituto Histórico e Geográfico se estabeleceu como casa de memória e de produção do saber e, na avaliação do citado historiador, contribuiu em seu meio, para difundir uma “visão secularizada e crítica da sociedade”.
Grandes causas encontraram acolhimento aqui, como no passado, a da Alfabetização e mais recentemente, a da Democratização da sociedade. Neste auditório aconteceram eventos dos mais significativos para os sergipanos: nele desfilaram, em sessões memoráveis, várias das nossas instituições culturais e educacionais. O Instituto teve no seu quadro de sócios, os maiores intelectuais de Sergipe e manteve a hegemonia na produção intelectual local até o aparecimento da Universidade Federal e a posterior multiplicação de Cursos Superiores. A partir da década de setenta enfrentou um longo período de declínio e de crise, mas nunca fechou as portas e resistiu.
A partir de 2003, com o advento dos “Tempos de Reforma e de Modernização”, o Instituto recuperou o seu papel aglutinador, trazendo de volta o movimento intelectual particularmente em torno da História, com a participação de Universidades e da Associação Nacional de História ANPUH/Sergipe. Passou a realizar o Congresso Sergipano de História (2008) e outros eventos que povoaram de jovens estudantes os salões desta Casa. Historiadores também são maioria entre os autores dos artigos da Revista do IHGSE que ganhou mais densidade e regularizou sua periodicidade. Diferente de outros Institutos Históricos que ainda se debatem em torno da orientação a dar às suas Revistas, o nosso veículo se consolidou como publicação científica bem avaliada pela CAPES, embora continue também a registrar os eventos e documentos do próprio Instituto.
Com vida nova, o Instituto comemorou o seu centenário, em 2012 e agora se prepara para o desafio de comemorar o Bicentenário da Emancipação Política de Sergipe, em 2020. Para isso, precisamos de mais congraçamento e empenho dos sócios e de toda a sociedade. O Instituto a quem, pela “lei do menor esforço” chamamos de Instituto Histórico, é na verdade Histórico e Geográfico. Este caráter foi assim definido no discurso do Fundador, Florentino Teles de Menezes, ao dizer, na sessão inaugural, que “a História é a escada por onde sobem os povos”, mas o estudo da Geografia “é uma necessidade impreterível”, pois “já nas relações comerciais, já na troca de pensamentos, os homens cada vez mais unem-se, razão porque o seu estudo torna-se indispensável”. (Discurso, RIHGSE, n.1, 1913)
O primeiro Estatuto do Sodalício destinava a uma Comissão de Geografia as tarefas de : obter dados sobre o movimento de Sergipe no tocante à propriedade, trabalho, renda e desenvolvimento moral desde a sua formação; obter documentos descritos das localidades do Estado; obter documentos que precisem os limites tanto do Estado como de município a município; obter todos os mapas , cartas geográficas e plantas de edifícios do Estado e proceder a estudos para se levantar um mapa completo de Sergipe.
De fato, desde o início os sócios do Instituto abraçaram a questão dos limites entre Sergipe e Bahia. Questão antiga, que levou os sergipanos aos tribunais, tentando reaver os chamados “direitos históricos” a uma fatia do território perdida. Sócios do IHGSE, Ivo do Prado com “A Capitania de Sergipe e suas Ouvidorias” e Carvalho Lima Júnior, com a “História dos limites entre Sergipe e Bahia”, defenderam nestas obras de valor excepcional a legitimidade das pretensões de Sergipe, enquanto a Revista do Instituto dava guarida a valiosos artigos sobre o tema.
Estudos sobre o Rio Sergipe, sobre o Baixo São Francisco ou sobre as secas, também foram preocupações do Instituto, enquanto o estudo dos municípios sergipanos chegou a ser um projeto da Casa. Na década de quarenta, a Geografia esteve em evidência. Em 1940, o Presidente do Instituto, Hunald Santaflor Cardoso, participou do IX Congresso de Geografia, em Florianópolis; já em 1942, o número 16 da Revista trazia Felte Bezerra divulgando a Doutrina Possibilista na Geografia; Câmara Cascudo escrevendo sobre A Geografia de Sergipe no domínio holandês e Carvalho Neto abordando as Causas e Consequências da Seca. No número 17, Felte Bezerra publicaria artigo sobre Fronteiras.
Mas foi de José Calasans, que assumiu a Presidência do Instituto aos trinta anos, o projeto de dar corpo ao caráter de Instituto Histórico e Geográfico, desejando marcar a sua gestão com a realização de um ambicioso Congresso de História e Geografia de Sergipe, em 1943. Seriam temas da Geografia no Congresso: 2 – Fronteiras de Sergipe na Colônia e no Império; 23- Indústria sergipana e seu atual desenvolvimento; 24 – Influência do Porto de Aracaju na vida econômica do Estado; 25 – Nomenclatura Geográfica de Sergipe; 26 – A Geografia das Comunicações de Sergipe; 27 – Os rios na economia de Sergipe; 29 – Vida municipal na formação e evolução dos municípios; 30- Bibliografia histórica e geográfica de Sergipe; 31 – Monografias municipais.
Suspenso pelo próprio Presidente, que não encontrou apoios no clima de guerra então vigente, Calasans também não conseguiria realizar o Encontro Regional de História e Geografia, por ele proposto em 1946, mas deixou o testemunho da sua preocupação e do seu entusiasmo, consagrados no estudo clássico sobre a Mudança da Capital.
Felte Bezerra, outro Presidente do Sodalício, foi o geógrafo do Instituto e essa sua atuação está certamente a merecer um estudo. Integrante da Comissão de Geografia, além do que aqui já foi reportado, escreveu no número 19 da Revista sobre “Origens do Rio Real”, uma amostra clara dos seus conhecimentos na área. Concorreu à cátedra no Atheneu com tese intitulada “A Terra” e fundou o Centro Cultural de Sergipe que terminaria realizando reuniões no IHGSE, onde seriam abordados em palestras temas como “Doutrina Possibilista na Geografia Humana” e “Novas Diretrizes da Geografia Humana”. Frequentando Congressos de Geografia e escrevendo em várias Revistas, Felte lançou, em 1952, o livro “Investigações Histórico-Geográficas de Sergipe” em que faz a assimilação dos conhecimentos geográficos à interpretação da História da Colonização de Sergipe. Reeditado, o livro integra a Coleção Casa de Sergipe, vitorioso projeto do Centenário deste Instituto.
Não fossem os limites de um discurso lembraríamos ainda as atuações de Bonífácio Fortes, Professor de Geografia Humana da Faculdade Católica de Filosofia de Sergipe e Presidente do Instituto na década de sessenta, com seus estudos sobre Aracaju, enfocando a paisagem humana e a importância dos fatores políticos e geográficos na mudança da capital e ainda de Fernando Porto, Vice-Presidente do Sodalício na gestão Thetis Nunes, e Professor do Departamento de Geografia da UFS, com os seus antológicos estudos sobre Aracaju.
Fato é que o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe tem motivos de sobra para atualizar e ampliar no seu quadro de sócios e nas suas Comissões a presença de geógrafos. Esperamos que eles venham e serão muito bem-vindos, como o são hoje os novos confrades empossados, sócios efetivos e sócio correspondente, a quem saudamos, na certeza de que vêm somar esforços, às vésperas das comemorações do Bicentenário da Emancipação Política de Sergipe.
Convocamos desde já a todos os sócios e amigos do IHGSE: usemos o Bicentenário como mote para uma aproximação maior da Casa de Sergipe, fortalecendo-a, ajudando-a a superar as dificuldades que a afetam na atual conjuntura e garantindo que as mulheres e os homens do presente honram o legado que receberam e imortalizam num Instituto Histórico e Geográfico pujante, a memória dos fundadores.
Parabéns IHGSE!
Falando do poeta
Quando um poeta completa 100 anos, louvores devem ser feitos cantado sua estética e força criativa, principalmente quando ele se chama: José Santo Sousa, o encantador da palavra
Nascido a 27 de janeiro de 1919 em Riachuelo, ele cresceu mais do que a cidade que o recebeu e abraçou sua infância. Sua trajetória o levou em diversos momentos a publicar uma obra do maior significado cultural, enchendo de orgulho os sergipanos pela simplicidade de sua existência e a extraordinária riqueza da sua criação.
No ritmo de suas palavras há uma melodia-tristeza, composta no sofrimento dos aflitos, no rompimento dos sonhos, com uma poética assustadoramente bela e forte, maior que o tempo que passando, se negou a morrer, pois se fez eterna.
Louvamos o poeta!
E no louvar, fica o lirismo das palavras
Edição de 1964 Capa de: Lev Smarcevski
Desenho: Jenner Augusto
PÁSSARO DE PEDRA E SONO
Antes, mal reuníamos o susto
com que o desviver nos amealha.
Ponte armada entre o agora e o amanhã,
o sono transportava o nosso esforço
ao esquecimento, nos repartia
o sonho e a calma, em paz e liberdade.
E tecíamos as nossas esperanças
no linho branco da aurora, enquanto
a chuva matinal nos diluía, um após
outro, os amargos cristais de sal
e de amarguras, com que o existir
ungia a nossa boca. E trabalhávamos.
Crentes e vorazes, na urdidura
de um mundo mais humano, onde
o coração pudesse florescer,
produzir riso e rosa, construir
asas, dar de beber aos párias,
amansar a dor, o sofrimento
E amávamos. E o irmão reconhecia
o nosso amor que era puro, amor
de fontes, de pássaros, de chuva
acalentando a terra e os homens.
Tirávamos a camisa, o peito claro,
sem sombra de punhais no coração
E levantávamos andaimes para
o céu, mergulhávamos o mar,
ninguém nos afrontava. Todos
lúcidos. Iguais em sonho e morte.
Carregando as mesmas pedras, os mesmos
túmulos, as mesmas alvoradas.
Um dia, entanto, despertamos
petrificados e aturdidos, mãos
vermelhas de ocaso, olhos ferozes,
cinza e sangue nas têmporas. Íamos
fugindo para o inferno, e o céu
cobria o rumor de nossa marcha.
E então plantamos nossa espada,
nossos rios, a música das ruas
perseguidas. Erguemos torres de aço
contra a vida. Urdimos traição
guerra, assassínio e mudamos
o destino dos homens e dos pássaros.
Desenho: Leonardo Alencar
PAUS-DE-ARARA
Dos galhos magros das árvores,
dos braços murchos das cruzes,
como anúncio calcinado
pelo fogo dos caminhos,
um grito pula no céu:
SÊDE! SÊDE!
E fugimos. – Vamos todos,
retirantes nordestinos,
tristeza e fome da raça
gravada no corpo morto
da paisagem violenta
no cerco de angústia e lágrimas
violentando o coração.
Fugimos em debandada
como aves de arribação:
firmamento no olhar triste,
gado e roça devorados
na fogueira da aflição
a morte medindo o tempo
com as rodas do caminhão.
Restos vivos de sertão
– sertão de sede e abandono:
os rios transfigurados
em caminhos infinitos
no mapa de espinho e pedra
que o incêndio do céu desenha
na geografia da seca.
Paus-de-arara pastoreando
os quatro ventos do mundo,
poeira que o sol comanda
na vertigem das estradas
livro enorme nunca lido
nem ao menos manuseado
pelos donos da nação.
Vamos todos acossados
por mil demônios furiosos:
egressos exasperados
das garras da exploração
olhos órfãos de esperança,
pernas bambas da miséria
deste Brasil grandalhão.
E apesar de convertidos
em tema de sensação
para arte e literatura
vamos pelo mundo e a noite,
andrajosos, pés descalços
manchando o chão do hemisfério
com a nossa negra amargura.
Nossos filhos inocentes
viraram chôro e poeira,
sepultados nos caminhos.
Mas suas alminhas brancas
tão brancas que fazem dó!
vão levando aos céus vasios
nossos ais e desalentos,
enquanto aqui represamos
a chuva de suas lágrimas,
na certeza e com elas
um dia reger o chão
êste chão de muitas mortes,
de onde havemos de colher
os frutos da redenção.
Desenho: Lênio Braga
NOITE DE NATAL
QUERO ser uma estrela
infinitamente grande,
para brilhar nas mãos
das criancinhas famintas
que vão pisando
as trevas dos caminhos
nesta melancólica Noite de Natal.
Quero ser os sinhozinhos
de prata e as luzes
multicores da árvore
tantas vezes sonhada
pelo que esperam,
indefinidamente,
a chegada de Papai Noel
nesta melancólica Noite de Natal.
Quero ser o carrossel
para os que não têm dinheiro;
a camisinha nova
para os que vivem nus;
o sorriso alegre
para os que estão chorando
à sombra dos casebres
nesta melancólica Noite de Natal.
Quero ser o Rei Mago
nas longas estradas poeirentas,
para levar presentes
de pães e cobertores
aos que estão tiritando
de frio e fome nas calçadas
nesta melancólica Noite de Natal.
Quero ser o burrinho
do Belém, pastando
nos livres caminhos do mundo,
para carregar no lombo
a tristeza de tantas
crianças maltrapilhas
nesta melancólica Noite de Natal.
Quero ser a prece,
o pedido feito no silêncio,
a frase espontânea
na boca do menino
que a casinha do morro esconde
sob o teto de zinco
nesta melancólica Noite de Natal.
Quero ser o sapatinho,
a bonequinha de louça,
o vestidinho de chita,
o aviãozinho de matéria
plástica, o velocípede,
o trenzinho elétrico
fazendo viagens infinitas
– tudo isso que Papai Noel
promete aos infelizes,
mas nunca,
nunca se lembra de trazer
nesta melancólica Noite de Natal.
Realizada em parceria com o MinC/IBRAM, teve como tema “A EDUCAÇÃO NOS MUSEUS”, abrindo um leque de oportunidades para não apenas se estudar a cultura erudita, mas também a popular, quando foi inserida na programação a História do Teatro de Animação de Sergipe.
O IHGSE, como espaço plural, fez do seu Museu Galdino Bicho o foco de sua troca de conhecimento com as novas gerações, trazendo escolas do ensino fundamental e médio para participar da programação. Assim, de forma adequada a cada ciclo, foram desenvolvidas as atividades:
Foram aplicados jogos didáticos integrados ao tema como:
Participaram da Primavera dos Museus:
Das quinze escolas convidadas participaram o Colégio Estadual Jackson de Figueiredo, a Escola Estadual Prof. Valnir Chagas, a Escola Estadual Leandro Maciel e o instituto superior de Educação.
A exposição “VAMOS À FEIRA?” fica aberta ao público até o dia 17 de outubro.
A comemoração foi realizada a 9 de agosto, às 16 horas, no Auditório “Governador Lourival Baptista”, ornamentado para receber seus convidados com uma programação que primou por valorizar a História de sua criação há 106 anos.
A abertura da solenidade foi feita com a teatralização da CHAMADA realizada com os estagiários da Casa , trazendo de volta os nomes dos 22 intelectuais que, sob o comando de Florentino Teles de Menezes, fundaram o IHGSE em 1912. A CHAMADA, vencendo o tempo, causou grande surpresa na plateia, pois contou com a interpretação dos estagiários, que se transfiguraram nos pioneiros do Instituto, fazendo com que o passado e a coragem dos intelectuais sergipanos fossem relembrados e valorizados pelas novas gerações.
106 anos do IHGSE – Abertura do evento
A presença do Coral “Cantar das Águas”, da DESO, sob a regência do maestro Sérgio Chagas, deu à solenidade grande beleza pelas peças apresentadas. As palavras da Prof. Terezinha Oliva, oradora oficial do IHGSE, trazendo a história do Instituto em sua diversidade de ação, e a sua responsabilidade com os estudos do espaço geográfico de Sergipe, foi um ponto alto da programação.
106 anos do IHGSE –Apresentação do Coral “Cantar das Águas”
Para reconhecer o trabalho desenvolvido pelos estagiários, que contribuem decisivamente para a preservação do acervo e por atender o público no dia a dia, o Instituto os homenageou com o “Certificado de Bem Querer”.
A Revista no. 48 foi lançada acompanhada das palavras do Prof. João Paulo Gama Oliveira, seu editor, sobre os caminhos percorridos pela edição
106 anos do IHGSE – Revista no. 48
A declamadora Ilmara Souza interpretou poemas do vate sergipano Santo Souza, seu avô.
A solenidade contou com o momento da posse de três novos sócios. Dois efetivos – Antônio Porfírio de Matos Neto e Edson Ulisses de Melo – e um correspondente – Guilherme Gomes da Silveira d´Ávila Lins, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano.
Juramento e entrega de Diplomas selaram o momento (fotos).
106 anos do IHGSE – Presidente e sócios empossados
Enriquecendo a celebração dos 106 anos tivemos a continuação, na Pinacoteca Jordão de Oliveira, da exposição “DO IMPÉRIO À REPÚBLICA – GOVERNADORES DO ESTADO DE SERGIPE”, aberta durante as comemorações da Emancipação Política de Sergipe (fotos)
No encerramento, após a execução do Hino de Sergipe, houve um congraçamento entre os presentes com o corte do bolo comemorativo.
Bolo Comemorativo
No Auditório “Governador Lourival Baptista”, o Instituto recebeu sócios e convidados para aplaudir a programação que colocou em destaque a Carta Régia de Dom João VI.
Emancipação Política de Sergipe (198 anos) – Carta Régia de 8 de julho de 1820
Como sequencia as “PALAVRAS DE MUITO SAUDAR” da Presidente do Instituto, Aglaé d´Ávila Fontes, que colocou em destaque o Hino Sergipano, como símbolo da Emancipação, e a história de sua composição para a primeira comemoração da Independência de Sergipe, em 1836.
Seguiu o ato com a apresentação do Coral “Leozírio Guimarães”, sob a regência do maestro Edson Nascimento, que brindou a todos com o “Oratório de Judas Macabeu”, de Haendel, e a “Melodia Sentimental”, de Villas-Lobo
Emancipação Política de Sergipe (198 anos) – Palestra do Prof. Dr. Josué Modesto dos Passos Subrinho
O Professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, Secretário de Estado da Educação e ex-Reitor da UFS, nos honrou com o brilhantismo de sua fala sobre os 50 anos da Universidade Federal de Sergipe como símbolo da emancipação cultural do Estado.
O Hino de Sergipe encerrou a solenidade, sendo a sua letra distribuída entre todos para facilitar o seu canto.
Emancipação Política de Sergipe (198 anos) – Convite
Em comemoração aos 198 anos da Emancipação Política de Sergipe, a Diretoria do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe tem a honra de convidar Vossa Excelência para a sessão magna a ter lugar às 16 horas do dia 5 de julho de 2018 (quinta-feira), na Rua Itabaianinha nº 41. Será orador oficial o Exmº Sr Secretário de Estado da Educação, Prof. Dr. Josué Modesto dos Passos Subrinho.
Traje: Passeio
Recomenda-se aos sócios o uso de distintivo.
CHAMADA PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS: Números 50 e 51 (2020) – Edições comemorativas do Bicentenário da Independência de Sergipe |
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A Equipe Editorial da Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipeinforma que está aberta a chamada para a submissão de artigos e resenhas para compor os dois números a serem publicados no ano de 2020.As contribuições deverão ser submetidas pelo site da revista no endereço eletrônico https://seer.ufs. -Data de início do recebimento das submissões: 20 de setembro de 2019. -Data final para envio das submissões: 30 de dezembro de 2019. Nos números 50 e 51, além de artigos para compor os dossiês temáticos dos respectivos números, a Revista do IHGSE também receberá artigos para a seção livre e resenhas. CONDIÇÕES PARA SUBMISSÕES (Normas editoriais), consultar DIRETRIZES PARA AUTORES em: https://seer.ufs.br/index.php/ |
Realizada em parceria com o IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), o Instituto comemorou a Semana dos Museus com a participação de 120 alunos, dos cursos de Museologia e História da Universidade Federal de Sergipe, além de pessoas da comunidade interessadas nos temas de Educação Patrimonial.
Tivemos palestras com as professoras da UFS Ranielly Nascimento e Verônica Nunes, que é Diretora do Museu Galdino Bicho. Com os jovens presentes foram discutidos aspectos importantes da Museologia e da construção da memória.