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    Aglaé d’Ávila FontesQuando chega o ciclo natalino, é comum toda gente falar em Noel, o chamado Papai Noel. Desculpem a minha sinceridade, mas eu não gosto do Noel. Não gosto da sua fala rouca, nem das suas renas, nem da sua roupa caracterizada prá outro clima, nem da sua história enganadora de sonhos.Eu gosto é do Menino!Porque segundo o calendário que usamos, teria sido em dezembro que Ele nasceu e na sua pobreza não teve camisola bordada, nem manta de lã para afugentar o frio, nem sapatinho de crochês. De quente mesmo só fpo o abraço da mãe, as palhas da manjrdoura e o bafo do boi e do burro de estrebaria de Belém. De boas-vindas só teve mesmo a estrela, que grande e brilhante, avisou aos estudiosos dos astros que Ele havia chegado. Os pastores que dormiam junto às ovelhas se assustaram com a intensidade do seu brilho e sem entender e precisando disto, foram caminhando, até chegar onde nem sabia. E como a cena era impressionante, sem saber porque, se ajoelharam e louvaram o acontecido. E depois quem foi chegando, trouxe alguma coisa para que a pobreza fosse se esquecendo de permanecer no lugar.Eu gosto do Menino! Porque quando mal saiu dos cueros, se meteu a discutir com os sacerdotes sobre as coisas que eles ensinavam há muitos anos. E quando ficou grande, expulsou do templo os vendedores que usavam o lugar dedicado à oração, para vender os seus produtos.Eu gosto do Menino!Porque quando adulto, salvou do apedrejamento da então justiça social, a Maria Madalena, que resolveu então, não mais vender seu corpo por duas moedas. E gosto dele porque, andando entre os pecadores multiplicou peixes, para quem não tinha e de outra vez, multiplicou os pães para uma multidão faminta!Eu gosto é do Menino!   Gosto mesmo, porque ele deixou que suas sandálias se misturassem com o pó da terra caminhando e fazendo o bem a quem nem merecia receber. E gosto, porque ele falou palavras fortes e bonitas sobre as coisas da terra, dos homens, dos bichos e das crianças.Eu gosto do Menino!Porque ele achou pouco e ainda deu a Vida para a gente que nem valia o viver e até hoje faz tudo errado de novo, que nem devia fazer, pedindo perdão só para ouvir Ele dizer que perdoa.Ah… eu gosto do Menino!E o povo no seu jeito simples, quando chega esse tempo, deu de cantar loas e benditos para lembrar seu nascimento.E de dezembro a janeiro, até o dia dos Santos Reis, se reúnem em grupos, se vestem de azul e encarnado, lembrando o amor da Mãe e o sangue derramado pelo filho, e se chamam de reisados. E em cada lugar surge um, para o mesmo fim de louvar e não deixar esquecer o acontecido, mesmo que mudem o nome para lapinhas ou pastoris, têm a mesma finalidade. E eu, de tanto ouvir seus cantos, dei de tanto procurar formas de representar sua Natividade, com cantos, gestos e danças que me deparei com o Presépio, que é uma forma de lembrar a cena da manjedoura, onde o Menino, começou a sua história num tempo em que não é tempo findo, mas sempre recomeçado. E muita gente ficou encantada com a história e danou-se a criar cenas tiradas do imaginário, para de alguma forma louvar o Menino. 

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    “SERAFIM SANTIAGO. Memorialista e funcionário público. Filho de José Florência e Umbelina Santiago, nasceu em São Cristóvão a 4 de janeiro de 1859 e faleceu no mesmo município a 01 de setembro de 1932. Casou-se com Sara em 25 de Junho de 1887. Foi pai de 9 filhos, dos quais sete são referenciados no anuário: João B. de Santiago; Benjamin; Serafim de Santiago Júnior; Francisca Xavier de Santiago; Umbelina Santiago Prudente; Anita; Pedro. Mudou-se para Aracaju em 29 de junho em 1887, onde exercera o funcionalismo público. Aos 60 anos, começou a escrever memórias de sua vivência em São Cristóvão, que resultariam no mais rico e inédito depoimento sobre a cultura sergipana do final do século XIX até as primeiras décadas do século XX, o Anuário Cristovense.” (p. 11)

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    O ÁLBUM DE SERGIPE – Clodomir Silva Lançado em 1920, o Álbum de Sergipe foi escrito por Clodomir Silva atendendo a um pedido do presidente do estado, o General José Joaquim Pereira Lobo, para fazer parte das comemorações do centenário da Independência de Sergipe. O Álbum é uma publicação iconográfica que reúne textos sobre a história dos municípios divulgando aspectos econômicos e seu passado histórico. Com o passar dos anos o Álbum passou a ser leitura obrigatória para os que desenvolviam pesquisas sobre Sergipe, se tornando uma obra rara e de grande significado. Agora, ás vésperas do Bicentenário da Independência de Sergipe em 2020 o Álbum, reimpresso pelo Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, com apoio do Governo do Estado e da Infographics é enriquecido com uma cronologia organizada pela prof. Verônica Nunes, e chega às mãos dos sergipanos. A história da emancipação política do nosso Estado, mais uma vez é celebrada com uma presença soberana e completamente fiel ao seu autor. O IHGSE, guardião da sua história aguarda a presença dos que desejam criar com ele uma relação de bem-querer.   A Revista Foi igualmente lançado a Revista do IHGSE com um valioso dossie sobre Manuel Bomfim e outro sobre a escravidão e a abolição do Brasil.